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quarta-feira, 19 de março de 2014

Review | The Americans 2x02: "CARDINAL"


Por Luiz Alexandre

Se desconfiança era algo que já fazia parte da rotina dos agentes Phillip e Elizabeth, essa característica vai a enésima potencia quando eles têm que se preocupar com a segurança dos filhos. Desde o assassinato de Emmett, Leanne e a filha, os Jennings passam a ter mais cuidados vigiando a movimentação na vizinha. A notícia do assassinato no hotel em Alexandria ganha os noticiários televisivos e causa comoção geral. Na casa de Martha, enquanto assisti ao noticiário, Phillip sugere a ela que procure emprego nos níveis mais altos da hierarquia de contra-inteligência. Martha diz que falará com alguém do RH, mas não garante nada já que não há vagas para esses setores. 

A morte dos agentes da KGB deixa a Rezindatura bastante agitada. Arkady envia mensagens pedindo informações sobre os agentes mortos no hotel e relatórios operacionais do CARDINAL. Oleg cobra de Arkady o conteúdo do pacote com informações essenciais à missão científica e tecnológica, mas é ignorado pelo diretor que o deixa para participar de uma reunião. Nina tem que lidar com os questionamentos de Oleg sobre o que está acontecendo na Rezindatura naquele momento. 

Phillip e Elizabeth continuam atrás de informações sobre os assassinatos, mas sem sucesso algum. Elizabeth sai para fazer a entrega da fita com as gravações do escritório de Gaad e ao retornar para a agência de viagens Phillip informa que transcreveu o sinal e uma nova missão é dada: encontrar com o agente de Emmett. Elizbeth questiona se acham que ele é o culpado pelas mortes, Phillip acredita que não, pois mesmo que ele tivesse desertado, os dois estariam mortos também já que foram vistos naquele dia no parque em Alexandria. 


Após ouvir a gravação com as conversas no escritório de Gaad, Arkady pede a Nina que faça Beeman falar sobre as divisões internas no departamento. Um homem surge no escritório de Arkady e os dois conversam discretamente mesmo na presença de Nina, no entanto pelo comportamento de Arkady, Nina entende que são informações que pode transmitir a Beeman em seus encontros. Dessa forma ao se encontrar com ele mais tarde, Nina revela que um novo filiado chegou a Rizendatura, deixando Beeman muito curioso sobre quem seria esse novo afiliado. A única informação que Nina fornece é a estimativa de horário em que o novo afiliado chegou a Rizendatura. 

Enquanto Phillip se despede do filho, Elizabeth fica extremamente desconfianda com um furgão que ronda e estaciona próximo a casa. Phillip viaja para Chesapeak e fica na cola do agente de Emmett, Fred. Phillip entra e vasculha a casa do agente e ao descobrir uma caixa de metal no assoalho da casa, recebe uma descarga elétrica ao tocá-la. Uma verdadeira ironia para quem entrou disfarçado de eletricista. 

Enquanto tem um momento com os filhos, Elizabeth atende ao telefone e códigos são lhe dado. Phillip acorda amarrado e tenta convencer Fred a não matá-lo, que também é um agente da KGB e não um agente americano. Fred com muita relutância passa a confiar em Phillip e os dois conversam sobre Emmett e Leane. Phillip não deixa de perguntar se existe a menor chance de alguém ter descoberto a relação dele com Emmett, ou qualquer coisa que possa informar sobre os assassinos. Antes de deixar Phillip ir, Fred pergunta sobre as configuração da máquina, Phillip diz que está tudo parado desde a morte dos agentes, Fred se exalta dizendo que a eles não podem parar, pois estão mudando o local onde fabricam os propulsores e este seria um momento ideal para ler as configurações da máquina. Seria essa máquina um foguete espacial? 

A missão de Elizabeth dada pelos códigos ao telefone é auxiliar uma agente da América Central que estava numa situação um tanto quanto problemática. A agente estava num beco e dentro de um carro achava-se um assessor do Congresso, em estado de overdose, que trabalha para um deputado no comitê de inteligência inspecionando a América Central. 

Na agência do FBI, Beeman consegue chegar ao nome de Bruce Dameran, o novo afiliado que visitou a Rezindatura. Dameran trabalha para o Bando Mundial o que aumenta a preocupação de Beeman que passa a vigiá-lo. Phillip ao ligar para Martha descobre ela procurou o RH que lhe colocará no topo da lista para vagas no setor de contra-inteligência. Phillip diz que não retornará naquela noite, pois o voo teria atrasado. Na verdade retorna para casa no momento em que Paige estava ao telefone pedindo o endereço de Helen Leavis. Elizabeth revela a Phillip que agora as coisas estão mais perigosas, pois pela primeira vez ficou preocupada por seus filhos.


Apesar do nome do episódio fazer referência a algum protocolo, nada sabemos sobre o que é o tal "CARDINAL". O que se destacou mesmo foi o intenso sentimento de paranoia vivenciado por Elizabeth, constantemente vigiava através das janelas a movimentação pela vizinha e ficou em estado de alerta ao ver o furgão de serviços na sua rua. Tudo neste momento pode se revelar uma verdadeira ameaça a seus filhos. Phillip teve que lidar de outra maneira, sendo mais centrado nas suas missões, buscando informações sobre os assassinatos. A desconfiança de Paige faz com que comece a investigar as ligações que a mãe recebe. Paranoia e mede instalaram geral em "The Americans" que continua melhor a cada episódio.

FATOS HISTÓRICOS:

"CARDINAL" faz referência dois acontecimentos importante da década de 1980, a revolução Sandinista na Nicarágua e a invasão israelense à península do Sinai.

Revolução Sandinista ou Revolução Nicaraguense foi o movimento iniciado em 1978 e que se estendeu até 1990, e visava uma reforma radical das instituições da Nicarágua. Era um movimento capitaneado pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, FSLN, fundada em 1962. O nome "sandinista" faz referência ao mítico líder Augusto César Sandino (1895-1934), antigo líder da resistência ante à ocupação pelos EUA da Nicarágua, que durou de 1912 a 1933. Com a saída dos EUA do país, um novo presidente é eleito, porém, logo derrubado pelo primeiro membro da dinastia ditatorial Somoza, que, logo após, assassinará o lider Sandino. É assim, que em sua memória nasce o movimento sandinista, que curiosamente não tinha grande ligação com o Partido Comunista da Nicarágua, apesar de objetivos muito semelhantes. 

Ocupação israelense na Península do Sinai. A Península do Sinai foi ocupada pelos israelenses durante a Guerra dos Seis Dias em 1967. Israel entrou em conflito contra os países árabes e durante seis dias impôs sua superioridade militar ocupando todo o Sinai, a Cisjordânia, a parte oriental de Jerusalém e as Colinas de Golã, na Síria. O Sinai ficou ocupado por Israel até 1982 quando foi devolvida ao Egito.

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