De volta a ação! The Americans retorna para a sua terceira temporada sem muitos rodeios e nos oferece um episódio de estreia recheado de tensão e ação. Vamos então para os principais pontos de "EST Men".
"Ser agente soviética é legal, mas o salário, ó" |
Enquanto Phillip está com Stan numa reunião no EST, um grupo de auto-ajuda (lembrem que o casamento de Stan foi por água abaixo na temporada passada), Elizabeth está sendo o que ela nasceu para ser: a espiã. Disfarçada com uma "peruquinha" que parece a do Professor Raimundo, Elizabeth entra em contato com uma mulher da CIA que lhe passa alguns nomes sobre a operação americana no Afeganistão. No entanto, algo faz esta mulher se arrepender e denúncia o encontro. Mesmo Elizabeth tento saído antes, não consegue escapar do encalço dos agentes do FBI e acaba tendo uma luta corporal com dois homens, entre eles Frank Gaad que tem o nariz destruído. Durante a briga, Elizabeth perde a lista com os nomes dados pela mulher da CIA.
Além desse revés, ao visitarem Gabriel, Phillip e Elizabeth não tem como fugir da questão que envolve Paige: o futuro dela dentro da trama soviética. Mesmo que descordem do rumo que isso possa ter, tanto Phillip quanto Elizabeth sabem que cedo ou tarde, a central soviética vai querer Paige recrutada para a causa. Além disso, Elizabeth fica sabendo que sua mãe está morrendo.
Em tempos em que o Estado Islâmico divulga vídeos e fotos de reféns degolados, The Americans mostrou que isso não é algo de hoje. Na Rizendatura, Oleg e Arkady estão em reunião com outros funcionários e assistem um vídeo mostrando um refém soviético sendo executado com um tiro na cabeça no Afeganistão. Decidem que mesmo de longe terão que fazer alguma coisa, pois não querem que o Afeganistão se torne para União Soviética o que o Vietnã é para os Estados Unidos.
Ainda neste episódio ficamos sabendo que Nina foi condenada por traição e tanto Oleg quanto Stan ficaram realmente abalados com a notícia.
Phillip faz da perda um ganho. Annelise comete um dos piores erros que qualquer um poderia cometer: se apaixonar. Revela a Yusaf Rana, chefe das ações secretas do ISI (Inter-Serviços de Inteligência do Paquistão), que não estaria ali simplesmente ao seu prazer. Ao perceber que estaria com alguém que estava atrás dos seus segredos, Yusaf mata Annalise e Phillip aparece no quarto lembrando ao oficial paquistanês que ele está com um grande problema, mas que pode ajudá-lo a se safar.
Referências históricas:
O episódio se valeu muito das questões políticas da época para sua contextualização. Assim como na segunda temporada, volta a questão do Afeganistão e dos mujahidins. Os terroristas do Oriente Médio de hoje, foram durante a Guerra Fria treinados e armados tanto pelo EUA quando para URSS. Enquanto no Afeganistão, a União Soviética apoiava o governo, os Estados Unidos apoiava os rebeldes mujahidins que foram financiados pela CIA. Um grupo de mujahidins depois de algum tepo deu origem a Al-Qaeda, responsável pelos ataques terrorista de 11 de setembro de 2001.
Grupo de mujahidins no Afeganistão, em 1987. |
Há também referências ao presidente da União Soviética, Leonid Brejnev, que também era Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética. Brejnev é citado em dois momentos: na Rizendatura, quando Oleg e Arkady assistem o vídeo da execução e numa notícia da TV, quando Paige, em casa, zapeando pelos canais da TV, é dada a notícia da morte do presidente soviético (fato que deve ter algum peso na série). Leonid Brejnev governou a URSS no seu auge e foi responsável por pôr em prática a Doutrina da Soberania Limitada, que procurava impedir a expansão do neoliberalismo pelo mundo. Brejnev morreu provavelmente de um derrame ou ataque cardíaco na madrugada entre 9 e 10 de novembro de 1982.
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