Os piratas estão de volta à telinha com o retorno da segunda temporada de Black Sails. E que retorno, hein?
Começamos com mistérios. O capitão Ned Low, que mantém justiça a fama dos piratas (para o azar do capitão do navio abordado) saqueia e mata tudo que vier pela frente, a menos que a carga seja... uma mulher! Carga humada relacionada ao Lorde Ashe.
Voltamos ao Capitão Flint e sua tripulação naufragada. Pior do que isso, a situação de Flint não é nada boa já que sua tripulação não o quer ver nem pintado a ouro... bem, na verdade é ouro que esses piratas querem, né? Então deixa essa expressão para lá. De qualquer maneira, Flint busca a redenção, quer conquistar sua tripulação e se voluntaria num plano maluco para tomar o navio de guerra espanhol, pois seria o único jeito de por as mãos no tesouro do Urca de Lima. O mais incrível é ver como Flint mais uma vez consegue levar a tripulação no papo. Sério!? Esses são os piratas mais manipuláveis possíveis, basta Flint dizer "vocês serão invencíveis" e todo mundo grita "uuhrra" e "vida longa ao capitão".
Mas tomar o navio não será nada fácil. Flint terá a companhia de John Silver, este irá mostrar que é digno de confiança. A tomada do navio é uma das melhores sequências desse episódio.
Voltando a Nassau, encontramos o capitão Charles Vane gozando (literalmente) de sua nova posição na área a ponto de sugerir que Eleonor Guthrie traia Flint e juntos dividam o tesouro espanhol. Claro que Eleonor manda Vane tomar bem longe. Além disso, Rackham é humilhado, espancado e mijado. O cara não chegou ao fundo do poço, chegou ao fundo da fossa. Enquanto isso, algo a mais começa a acontecer entre Anne Bonny e Max.
O que podemos destacar de bom nesse episódio é a tensão causada pelo conflito explosivo entre Flint e sua tripulação, superado apenas pela tomada do navio de guerra espanhol. O clima de tensão nos coloca na ponta do sofá (ou da cadeira, seja lá como tenha assistido ao episódio). O visual continua impecável. A tomada do navio por Ned Low no início do episódio e a cena dos navios em alto mar são perfeitas. Assim como a fuga dos piratas no navio de guerra espanhol, que sequência!
Também não podemos deixar de destacar o foco dado aos flasbacks do capitão Flint. Vemos a origem da sua amizade com Thomas Hamilton e Miranda Barlow quando Flint era o Tenente James McGraw da Marinha Real. A ambientação do porto com dezenas de embarcações ficou muito bela.
De negativo podemos destacar a mudança de atores que interpretam Dufresne, o líder da tripulação do Walrus que se rebelou contra Flint. Na primeira temporada, Dufresne foi interpretado pelo ator Jannes Eiselen, agora na segunda temporada, Roland Reed assume o personagem. É muito estranho, por mais que queira se deixar isso para lá.
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| "Não sou o Doutor, mas posso mudar de rosto." |
Referências históricas:
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| Capt Edward Low in ye Hurricane which He and All the Crew had Like to Perish'd de Nicholls e James Basire |
Capitão Ned Low, o pirata que sequestra a preciosa carga do Lorde Ashe, foi um pirata real. Edward Lowe (Low ou Loe) era um batedor de carteiras que se tornou um pirata. Quando criança, era um ladrão em Westminster, mas quando cresceu, mudou-se para Boston, onde até tentou trabalhar honestamente, mas essa não era a vida que queria.
Juntou-se a tripulação de uma embarcação para Honduras que iria roubar um carregamento de madeira para vender em Boston. Low tornou-se pirata em 1721 e passou a atuar ao longo das costas da Nova Inglaterra, Açores e do Caribe.
Ned Low foi capitão de muitos navios e mantinha uma frota de três ou quatro embarcações. Por mais que sua carreira como pirata tenha sido curta, três anos, Low foi um dos piratas mais cruéis de sua época. Ele tinha a fama de torturar suas vítimas antes de matá-las.
O autor de Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle, descrevia Ned Low como "selvagem e desesperado", um homem "grotesco e de incrível brutalidade". Pouco se sabe sobre sua morte, mas acredita-se que Low tenha morrido em meados de 1724.
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